O silêncio que desmascara 27 julho, 2008
Posted by Alysson Amorim in Uncategorized.Tags: Jorge Camargo, Thomas Merton
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Que é a retórica das longas orações que empreendemos senão a prova definitiva do nosso secreto desespero? Querem tantas palavras provar a Deus quão piedosos somos? Querem convencê-lo de que devemos ser perdoados?
Se nos calarmos talvez o silêncio nos convença da inutilidade de tais empresas e nos sussurre que o perdão não é um troféu a que faz jus o piedoso crente, mas uma brisa que a todos acaricia sem distinções. No silêncio as máscaras caem e quedamos vulneráveis ao Deus que se despoja voluntariamente.
Como canta Jorge Camargo, inspirado por Thomas Merton: “A escuridão me basta.”
http://www14.flyupload.com/dl?fid=129048&x=UkIUtSiJdeGszQZiRejzdA..É quase meia-noite, estou te esperando
Na escuridão do grande silêncio
Lamento todos os meus pecados
Abarrotado por meus pensamentos.Quero ser nada para a minha luz
Voltar-me todo em tua direção
Em fé provar tua glória e tua paz
Tua claridade é minha escuridão
E a escuridão me basta
A escuridão me basta.Se eu te imaginar estarei errado
Se te compreender estarei enganado
Consciente, certo que te conheço
Isso é muito pouco, e eu serei louco.
“No silêncio as máscaras caem”.
Talvez o silêncio seja a oração mais eficaz. Examinar o nosso coração e deixar que Ele fale em nós. Nada está oculto ao oleiro, que sabe exatamente o conteúdo do vaso.
beijo
A minha predilecao e o silencio. Soa tal como musica.
Eh na quietude que me encontro. Que me aprofundo. Que me entrego. Que me reconheco.
So de pensar nisso tudo… sinto satisfacao.
Superb-joletas, Alysson
Que música linda!!!
É certo Alyssom. Somos todos loucos!!!
Alysson,
Para a ordem de culto de ontem à noite, selecionei o seguinte texto como abertura da leitura bíblica: “O Senhor está em seu santo templo: Silêncio diante de sua face, ó terra inteira!” (Hab 2,20) Sem silêncio humano, não há Deus. É tempo de se calar.
Um abraço.
Isso acontece todas as vezes em que gasto um longo tempo falando com Deus. Acabo esgotando as palavras e então me sinto uma tola. Pois eu deveria, desde o início, estar menos ocupada em falar e mais preocupada em ouvir.
Um beijo